Planetary #26, o final – resenha (parte 19)

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um bom tempo que eu comecei a resenhar Planetary que é uma das minhas séries favoritas no universo dos quadrinhos. Já foram 18 posts onde eu falei das 25 edições primeiras edições e agora chegou a hora de falar da edição 26, que encerra a fase regular do quadrinho (tem uma edição 27, mas ela saiu só um ano depois para fechar algumas coisas). De qualquer forma, hoje eu vou falar da edição 26, que é o final, pelo menos para os 4.

Planetary #26

Planetary 26 capa

A história começa em um prédio onde o time de campo do Planetary se prepara para a sua última jogada. Eles estão com um comunicador, que eles removeram de John Stone. Elijah quer ligar o aparelho para falar com Randall Dowling, mas o Baterista está com medo. Mesmo assim eles ligam.

Então temos o primeiro contato de Elijah com o grande vilão Randall Dowling desde Ponto Zero, aquela edição onde apagam a memória do Elijah.

Na conversa, Elijah diz que quer um encontro para negociar uma trégua. Ele quer todo o conhecimento dos 4 e, me troca, ele promete não matar a Kim. Ele diz que removeu Jacob Greene e William Leather e que seria só uma questão de tempo até remover os dois. É uma ameaça. Ele conta que tem uma lista de descendentes da Cidade Zero, meta humanos que adorariam se vingar. Além disso, ele diz que sabe a localização da Transnave caída.

Dowling fica bolado com a ameaça, mas ele aceita o encontro. O encontro é marcado no mesmo deserto onde Jakita encontrou ele na primeira edição.

Contfronto:

Então partimos para o confronto final. Um helicóptero do Planetary deixa Elijah Snow e o Baterista no meio do deserto, mesmo que Elijah tenha combinado de ir sozinho.

Randall Dowling e Kim Suskind chegam vindos de uma nave. Eles mandam o Baterista se afastar para que eles possam escanear o Elijah para saber se ele não está com nenhum super equipamento. Isso porque o Baterista anula informação e impede qualquer tipo de escaneamento.

Randall escaneia e vê que o Snow não está com nada. Ele passa o container de dados, parece ser só uma caixinha, mas o Baterista consegue ver as informações e ver que é isso mesmo. O Baterista sai com os dados e deixa os 3 lá. Então começa uma conversa e Elijah revela que sabe um monte de coisas sobre os 4. Elijah ameça o casal e eles ameaçam de volta.

A Porta é um meio de transporte transdimensional que já havia sido muito usada em outras histórias da Wildstorm. É uma tecnologia comum em Balsas, ou em Transnaves. Com a porta Elijah deixa o local com uma informação crucial. A ÚNICA informação que os 4 não tinham, a posição da Transnave, aquela mesma da edição 3.

Randall diz que ele não tem nada em mãos que Elijah possa usar, mas aí vem a revelação, ele tem sim. O Baterista estava com um dispositivo e ele não foi escaneado (porque é impossível). Então ele passou o dispositivo para Elijah na hora que um passou a caixa de dados para o outro. O dispositivo bloqueia toda a comunicação na área, o que corta a conexão do casal com a sua nave. Apenas uma tecnologia funciona nesse contexto, uma Porta.

Segredo:

Nesse momento, um buraco enorme surge embaixo do Dowling e da Kim e eles despencam, isso porque nenhuma tecnologia deles está toda travada.

Então esse é o grande segredo, a Transnave perdida, enterrada há bilhões de anos, estava, o tempo todo, embaixo do deserto da primeira edição. De alguma forma Elijah Snow já sabia a localização da transnave e, mesmo sem memória, ficou por ali. Além disso, desde a edição 3 até agora, o Planetary seguiu ajudando Jim Wilder a encontrar mais pessoas para guiar a Transnave, mesmo que isso não fosse mostrado para nós.

Essa é a grande diferença entre o Planetary e os 4. O Planetary desenterra, descobre e salva cosias. Quando o Elijah, mesmo sem memória, mesmo sem saber que é ele que manda no time, decide passar por cima da Jakita e audar o Jim Wilder, é nesse momento que ele vence toda a guerra contra os 4. A vitória, o controle de uma transnave (que é uma super tecnologia nesse universo), veio lá na edição 3.

Uma informação! Uma única informação que o Planetary tinha e os 4 não, foi o suficiente para resolver a batalha sem que ninguém desse um soco. Informação é poder, a série inteira é sobre isso. A série inteira!

Daí a edição termina com o Planetary dando um rolê de Transnave. Eles vão até a Terra que deu poderes para os 4 e jogam os corpos de Dowling e Suskind, junto com uma mensagem, que é uma ameaça. Fiquem longe da nossa Terra. Seu pagamento voltou.

Planetary 26

Agora o Planetary volta para casa, com os dados secretos dos 4 e uma única missão restante. Mas isso fica para a próxima edição.

Fim dos 4.

O que eu acho dessa edição 26, o fim de Planetary?

A primeira vez que eu li Planetary foi na Pixel Magazine, com umas edições picadas, tudo solto e tudo fora de ordem. Essa foi uma das primeiras que eu li. Obviamente eu não entendi tudo, mas muito é explicado pelo próprio Snow e eu achei sensacional. A capa é sensacional, a maluquice da luta resolvida sem porrada, universos paralelos, transnave e tudo o mais. Era sensacional e eu adorava essa edição. Li várias vezes.

Depois que eu li a série toda, na ordem, eu achei mais incrível ainda. O final se passa no mesmo deserto da edição 1. A transnave estava lá desde a edição 3. O Planetary tem dados de sobreviventes da Cidade Zero. Todas essas conexões são incríveis.

Além disso, tem todo um momento onde ele diz que já viu o paraíso e que ele sabe que todos eles são efeitos colaterais em 3D de uma pilha 2D. Isso faz referência a um monte de coisas que aparecem na série (Telemetria de Máquina da Morte, o Tempo Sonho, etc) e isso tudo se funde lindamente em um grande final com a melhor briga anticlímax de todos os tempos.

É simplesmente genial e eu adoro essa edição. É isso.

Planetary 26

Então é isso, isso encerra a parte principal da série. Então falta a edição 27 e os crossovers.
Se você não leu Planetary e não ficou com vontade ainda, eu não sei mais o que fazer.
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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